Tinha acabado de me vestir e sentia uma mistura de vergonha e satisfação pelo que havia acontecido com aquele homem que, supostamente, eu odiava. No entanto, no fundo do meu coração, eu sabia que «o amava com todas as minhas forças». Apesar da confusão, uma parte de mim se sentia satisfeita; fazer sexo no elevador da minha grande empresa tinha sido uma experiência avassaladora. Nunca antes eu havia sentido tanta excitação provocada pelo próprio vértice da adrenalina.
—«Como é que vamos sair daqui?» —perguntei, rompendo o silêncio.
Federick balançou a cabeça, claramente confuso. Falava comigo como se nada tivesse acontecido. Arrumou a roupa e deu de ombros.
—«Não sei, Charlotte, mas… e o que acabou de acontecer entre nós? O que isso significa?»
Olhei-o de cima a baixo e arqueei uma sobrancelha, respondendo num tom sarcástico:
—«O quê, o quê? Transamos, Federick, só isso.»
Ele baixou o olhar, e um nó formou-se em sua garganta. Lembrei-me imediatamente de que ele mesmo já havia me dito a