Brindes Antes da Tempestade
No jantar.
A mesa era simples, mas cheia de sabor. Augusto experimentou a comida e não escondeu o sorriso satisfeito. Tinha sabor de lar, de aconchego.
Eloise desviar o olhar, tentando disfarçar o nevosimos. Em um movimento lento Augusto colocou a mão em cima da dela, o que fez seu coração acalmar.
O jantar seguiu leve, recheado de conversas agradáveis e risadas discretas. Nada de negócios, nada de pressa — apenas o calor de uma família que, por alguns instantes, parecia também ser dele.
No final do jantar, na cozinha Augusto lavava a louça enquanto Eloise secava os pratos e guardava. Moviam-se em sintonia, como se já tivessem feito aquilo mil vezes.
Do batente da porta, Carlos observava em silêncio, os olhos marejados.
Era como assistir a um reflexo do passado — lembrava-se da própria juventude, da primeira paixão, daquela cumplicidade silenciosa, onde tudo era sentido sem precisar ser dito. A diferença é que, para ele, o orgulho venceu. E, a