O clube estava iluminado, discreto como sempre. O tipo de lugar onde decisões importantes eram tomadas sem testemunhas demais.
Thomas atravessou a entrada com passos firmes.
— Boa noite, senhor. Em que posso ajudar? — o funcionário perguntou, educado.
— Boa noite. O Augusto Monteiro já chegou? Acredito que esteja à minha espera.
O funcionário conferiu rapidamente no sistema.
— Sim, senhor. Sala seis.
— Obrigado.
Thomas seguiu pelo corredor silencioso até a porta indicada. Bateu uma vez e abriu.
A cena era quase cômica.
Augusto, Ricardo, Thiago e Heitor estavam sentados em volta de uma mesa, cartas espalhadas, copos de bebida pela metade. Riam alto — até perceberem a presença dele.
— Pra que chamar todo mundo? — Thomas perguntou, entrando e fechando a porta atrás de si.
Thiago ergueu o copo.
— Um é bom… quatro é melhor ainda. — piscou. — Intervenção emocional, edição masculina.
Heitor riu.
— A gente já tinha percebido que você estava precisando.
Thomas s