O Encontro Marcado
A Sala de Guerra improvisada na MonteiroCorp pulsava como uma caixa de nervos. Telões projetavam a fazenda, estradas secundárias e pontos de fuga; rádios chiavam numa língua própria; agentes iam e vinham com passos curtíssimos, cada um encaixado em uma tarefa.
Thomas e Augusto ficaram imóveis diante do mapa, os olhos querendo abarcar cada linha vermelha, cada atalho. O silêncio ali tinha peso de ante-sinfonia — todos esperando o primeiro acorde.
O celular de Augusto vibrou na mesa. O som cortou a tensão como lâmina. Thomas ergueu os olhos. Não havia surpresa no rosto dele, só a constatação de que aquilo, de algum modo, faria sentido no caos.
— Eles sempre fazem isso. Previsível. — murmurou Thomas, baixo.
Augusto atendeu sem cerimônia.
— Alô? — disse com a voz firme.
A voz do outro lado veio calma, controlada — como se tudo aquilo fosse parte de um roteiro que Lucas já havia decorado.
— Augusto. Quero ver você e o José Monteiro. Sem polícia. Sem Tho