Cerco Silencioso
A sala de operações estava iluminada apenas pelas telas, os mapas projetados na parede como um campo de batalha antigo.
O ar tinha cheiro de tensão — um silêncio que parecia respirado em conjunto.
Thomas estava no centro.
Postura ereta.
Mãos atrás das costas.
Olhos de quem já tinha visto guerras parecidas — mas nunca tão pessoais.
— Lais — chamou, firme.
Ela digitava rápido, a luz azul refletindo no rosto.
— Abrindo o mapa alternativo — respondeu.
Dois cliques.
O telão se dividiu em três visões:
Estradas de acesso, estradas de fuga e propriedades vizinhas.
Lais apontou com a caneta.
— Aqui… e aqui. — marcou dois pontos em vermelho. — São estradas de terra paralelas. Se ele desconfiar de perseguição, vai usar uma dessas rotas. A da direita é mais rápida, mas a da esquerda dá acesso à mata.
Thomas assentiu, absorvendo.
— Quantos metros de visibilidade?
— Baixa. Muita vegetação. Ideal para fuga ou emboscada.
Thomas pegou o rádio preso ao colete.
— Em c