Revelação ou Não.
A sala de reuniões da Monteiro Corp estava sufocante. O ar parecia mais pesado do que nunca, as paredes de vidro refletindo os rostos tensos e suados.
Os seguranças de Thomas arrastaram o homem até o centro, forçando-o a ajoelhar diante da mesa. O saco preto ainda cobria-lhe a cabeça, transformando-o em uma figura anônima, ameaçadora apenas pelo silêncio.
Augusto, de pé na cabeceira, caminhou devagar. O som dos passos ecoava como marteladas, cada batida anunciando o momento que todos temiam.
Seus olhos verdes faiscavam, carregados de fúria e frieza.
Ele parou diante do prisioneiro, a respiração firme, a mão cerrada.
Por um instante, o silêncio reinou, até que a voz de Augusto cortou o ar:
— Chega de máscaras.
Com um único puxão, ele arrancou o saco preto.
Um murmúrio de choque percorreu a sala como uma onda.
Melissa levou a mão à boca. Outros recuaram nas cadeiras, incrédulos.
Thiago foi o primeiro a quebrar o silêncio, a voz embargada pela inc