A Queda Pública.
O som das algemas ecoava em contraste com o silêncio absoluto da sala de reuniões. Um a um, os funcionários que faziam parte do esquema eram levantados pelas mãos firmes da polícia. As cadeiras arrastavam no piso de mármore, o ranger agudo soava quase como um lamento.
Melissa estava entre eles. Os olhos borrados de maquiagem, o corpo rígido de incredulidade, repetia como um mantra:
— É engano… é engano… — mas a voz saía fraca, perdida na sala cheia de provas que gritavam o contrário.
Do outro lado, outros detidos choravam baixo, alguns imploravam em murmúrios sobre família, filhos, promessas de colaboração. Mas nada podia ser feito: o destino deles já estava selado.
Daniel vinha por último, escoltado por dois agentes armados. As algemas em seus pulsos refletiam a luz fria das lâmpadas. O olhar dele era o único que não tremia: firme, sombrio, como quem guardava mais segredos do que revelara.
Thomas caminhava à frente, o porte de caçador em cada passo. Ao passar p