A Encomenda.
Do lado de fora do prédio antigo, a sirene cortava a madrugada como uma lâmina. As luzes vermelhas e azuis refletiam nas janelas sujas, espalhando o alerta por todo o quarteirão.
No último andar, o homem que guardava a caixa acordou sobressaltado. O coração disparou como tambor.
Ainda meio atordoado, correu até a janela, afastando a cortina com brutalidade.
Do alto, viu as viaturas cercando o prédio, os faróis acesos, os homens saindo rápido dos carros, armas já em mãos.
— Merda… — sussurrou, a respiração descompassada.
Correu até a mesa onde a caixa repousava intacta. O suor escorria pela testa. Pegou o celular com mãos trêmulas e discou o número gravado apenas como Privado.
A chamada foi atendida em segundos.
— Tem polícia. — disse ofegante. — Eles estão entrando aqui, estão subindo!
Do outro lado, a voz veio fria, calculada, como se não fosse surpresa alguma:
— Você sabe o que fazer. Você sabe o que falar… Louvre.
O homem engoliu seco, os olhos fixos na cai