A Verdade ou a Armadilha
O carro parou em frente a um prédio simples, afastado do centro da Cidade Norte.
Do veículo, um homem de capuz desceu apressado, carregando a caixa nos braços.
Subiu as escadas de dois em dois degraus, o suor escorrendo pela testa apesar da noite fria.
Ao entrar no apartamento apertado, jogou a chave sobre a bancada e pousou a caixa sobre a mesa de madeira gasta. A respiração vinha rápida, mas os olhos brilhavam com a falsa sensação de dever cumprido.
Pegou o celular do bolso e discou um número.
Demorou apenas dois toques para que uma voz masculina atendesse, grave, sem emoção:
— Fale.
— Já estou com a encomenda. — disse o homem, tentando soar confiante. — Está aqui, intacta.
Do outro lado, silêncio por alguns segundos, antes que a resposta viesse:
— Não abra. — a ordem foi seca, cortante. — Apenas aguarde instruções para ser entregue a mim.
O homem engoliu seco, olhando para a caixa fechada sobre a mesa, como se ela escondesse mais do q