Antes do Estrondo.
A copa do andar da presidência estava quase silenciosa, apenas o barulho tímido da máquina de café preenchia o ar.
Thiago apoiava-se no balcão estreito, mexendo distraidamente a xícara nas mãos. Os olhos, geralmente cheios de humor, estavam sérios demais naquela manhã.
— Você fica perigoso quando fica calado. — disse uma voz suave.
Ele ergueu o olhar e encontrou Emma parada na porta, os braços cruzados, a expressão entre preocupação e reprovação.
— Só estou pensando. — ele deu um meio sorriso, mas não convenceu.
Emma caminhou até ele, os saltos marcando o compasso no piso claro. Aproximou-se o suficiente para que ele sentisse o perfume dela, e falou baixo:
— Eu sei que você tenta disfarçar… mas essas pessoas, Thiago, são perigosas. Mais do que você imagina. — seus olhos buscaram os dele. — Promete que não vai ter nenhum ato heróico estúpido?
Ele soltou uma risada curta, quase nervosa. — Eu e atos heróicos? Não combina comigo.
Emma balançou a cabeça, impaciente. Ante