A Teia se Fecha
O dia mal havia amanhecido quando Augusto já seguia pela estrada rumo à empresa. O céu ainda estava cinzento, o sol tímido nascendo por trás dos prédios. O celular vibrou no console do carro. O nome na tela fez seu peito pesar: José Monteiro.
Depois de alguns minutos de conversa tensa.
O coração de Augusto bateu mais forte. Quis perguntar, exigir respostas, mas se conteve. Apenas respondeu com a voz baixa, firme:
— Quando o senhor quiser falar... estarei a disposição.
Encerrou a chamada, mas o peso das palavras ficou martelando em sua mente.
---
Em outro canto da cidade, o celular de Thamires vibrou sobre a mesa de cabeceira. Meio sonolenta, atendeu sem olhar o número.
— Alô?
— Sou eu, Melissa. — a voz apressada do outro lado. — Preciso te contar… temos um novo projeto em andamento. Está movimentando a empresa inteira.
Thamires ergueu-se na cama, os olhos faiscando.
— Projeto novo?
— Sem aquela sonsa da Eloise no pé dele. — Melissa gargalhou com veneno. —