A Farsa Quase Perfeita.
O quarto estava silencioso, iluminado apenas pelo brilho frio da tela do notebook. Um número mascarado piscava na tela do celular, e a chamada foi atendida sem hesitação.
— Tudo está em movimento. — disse uma voz grave, firme, carregada de rancor.
A resposta veio pausada, quase meticulosa:
— E nossa perda preciosa?
Silêncio de poucos segundos. O som de um isqueiro riscando se misturou à respiração contida.
— Aos poucos… está dando certo. O resto é questão de tempo.
Do outro lado, uma risada baixa ecoou.
— Não se esqueça do que está em jogo.
— Eu sei. — a voz respondeu, mas com um peso oculto. — Só não esperava que fosse… tão difícil.
A ligação caiu em seguida, deixando o ar impregnado de tensão.
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Na VisionLab Marketing o dia correu com uma calma enganosa. Eloise mergulhou nas revisões de publicidade, alinhou detalhes de um novos projetos e, por algumas horas, conseguiu se perder naquilo que mais amava: criar, idealizar. Dentro daqu