A delegacia estava estranhamente silenciosa para uma manhã de um Domingo.
O relógio marcava 08h47.
Thomas estava sozinho na própria sala, sentado diante de uma pilha de documentos do caso “Dom”. Mapas, rostos, horários.
Setas vermelhas marcando rotas.
Linhas ligando nomes que ainda não tinham rosto.
Ele esfregou o rosto com força, tentando afastar o cansaço.
Mas o que voltava…
não era o cansaço.
Era o passado.
Sempre o passado.
Sempre aquela cena.
Sempre eles.
Ele tentou ignorar. Respirou fundo. Pegou outra pasta.
Mas a mente não obedeceu.
A lembrança veio como um tiro.
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FLASHBACK ANOS ATRÁS
O som da chave no trinco ainda ecoava quando Thomas empurrou a porta da casa dos pais.
Ele tinha voltado antes da viagem — três dias antes — porque queria fazer uma surpresa para Gisele.
Ele tinha até ensaiado o discurso.
O anel estava no bolso do casaco.
O coração dele estava leve, ansioso.
Mas assim que entrou… alguma coisa estava errada.
Muito er