Os dias seguintes passaram rápido demais.
Rápido o bastante para quem olha de fora achar tudo normal.
Mas Sofia sentia — no peito, nos silêncios, nos detalhes — que nada estava normal.
Thomas a buscava na faculdade.
A deixava no estágio.
Quando não podia, mandava Alex.
Presente.
Atento.
Protetor.
Mas distante.
Como se estivesse sempre com metade do corpo ali…
e metade preso em algum lugar escuro que ela não alcançava.
Sofia nunca duvidou do amor dele.
Nunca.
Nem por um segundo.
Mas havia um abismo entre eles.
Um que ela não sabia como atravessar.
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Já passa do meio dia Sofia decidiu almoçar no restaurante em frente ao escritório de advocacia.
Estava cansada, com fome, e sem vontade de chama Thomas mais uma vez para almoçar juntos e ele recusa.
Ela estava mexendo no cardápio quando ouviu uma voz conhecida atrás dela:
— Foi Sofia. Tudo bem?
Ela virou-se imediatamente, sorrindo.
— Oi, Enzo! Tudo bem e com você?
Ele estava de camiseta pret