Thomas se levantou da mesa.
A cadeira arrastou no piso impecável, o som cortando o salão elegante como uma lâmina.
Sofia levantou logo atrás, segurando a mão dele antes que ele explodisse ali mesmo.
Eles saíram pelo corredor lateral do salão.
A porta mal tinha fechado quando passos rápidos ecoaram atrás deles.
— Filho? — Antonieta chamou, a voz tremendo de preocupação.
Thomas parou, virou-se devagar…
E a luz do lustre refletiu a fúria presa nos olhos dele.
— Foi pra isso que me chamou, mãe? — ele disparou, num tom baixo, mas mortal. — Pra ver o show do perfeito Guilherme?
Antonieta franziu o cenho, nervosa.
— Thomas, eu… eu não sabia. Juro. Hoje era para ser sobre seu pai. Sobre a família…
Ele riu — um riso curto, incrédulo, machucado.
— Vocês nunca sabem de nada.
Quando envolve o Guilherme, vocês nunca percebem nada.
Nunca enxergam nada.
Nunca fazem… nada.
Foi então que Juan apareceu atrás dela, as mãos para trás, expressão séria.
— Não é verdade,