Ethan
Levei Hanna para fora do restaurante sem pensar duas vezes.
O ar lá dentro estava pesado demais para ela… e para mim.
— Vem comigo — falei baixo, tocando seu ombro de maneira leve, como se tivesse medo de pesá-lo ainda mais.
Ela apenas assentiu.
A rua estava tranquila, mas a respiração dela não.
Suave, rápida, instável.
Encontrei um banco ao lado de uma pequena árvore e fiz um gesto para que ela se sentasse.
Ela sentou devagar, como se estivesse tentando lembrar como respirar direito.
Fiquei de frente para ela, no mesmo nível.
— Hanna… olha pra mim.
Ela levantou o rosto.
E, naquele instante, eu entendi que não fazia ideia de tudo que ela escondia sob aquele sorriso gentil.
Havia dor ali.
Mas também havia uma coragem silenciosa… daquelas que ninguém vê, mas que sustenta uma pessoa por dentro.
— Você está segura — assegurei. — Eu só quero saber se você está bem.
Ela respirou fundo, o queixo tremendo um pouco.
— Eu… estou tentando estar — respondeu