Pov. Isabella
Fechei a porta devagar, como se o barulho pudesse me trair. O clique metálico ecoou no silêncio do corredor e me soou como uma sentença. Cada passo que eu dava para longe daquela sala parecia pesar toneladas. O ar estava denso, e o som do meu próprio coração batendo parecia mais alto do que os murmúrios ao redor. Alguns funcionários passavam apressados, outros trocavam cumprimentos animados — mas para mim, o mundo parecia rodar em câmera lenta. Eu ainda sentia o cheiro dele. A voz dele.
Aquele “Isabella” sussurrado, carregado de um significado que ele tentou esconder — e que eu tentei ignorar.
Cheguei à minha mesa e sentei, tentando parecer normal. Respirei fundo. Abri o notebook. Fingi que lia e-mails. Mas tudo o que eu via na tela eram as palavras que não foram ditas entre nós. Meus dedos tremiam. Não era raiva. Era… saudade. Uma saudade teimosa, que doía por ainda existir depois de tanto tempo.
Por um instante, olhei para a porta do escritório dele — fechada, como sem