A manhã de terça-feira despertou com um céu translúcido, onde apenas algumas nuvens tingidas de rosa flutuavam sobre Genebra. Isabelle ajeitou o lençol e fitou o teto, sentindo o peso do dia que se anunciava. Era o dia da cirurgia de Matteo, o implante do desfibrilador automático que o manteria vivo caso ocorressem novas arritmias fatais. Catherine, com três anos, ficara em casa sob os cuidados de Celeste, a nova babá de origem suíça, cuja gentileza encantava a menina. A governanta Claire e Amélie, a cozinheira, ajudaram a preparar o café da manhã infantil e a preparar Catherine para um passeio breve antes de deixá-la sob o olhar atento de Celeste.
Enquanto isso, Isabelle recolheu suas próprias forças. Tomou um banho rápido, vestiu uma blusa de seda creme e uma saia lápis azul-marinho, calçou sapatos baixos de couro e desceu. No hall principal, Marco, o motorista fiel que atendia a toda a família, esperava ao volante do carro.
— Senhora Eisenberg — disse Marco, erguendo a mão num cump