O caminho de volta para casa foi um tormento silencioso.
Isabelle permaneceu com os olhos voltados para a janela do carro, mas não via a cidade — apenas flashes do que acabara de acontecer. O toque de Matteo, a pressão de seu corpo, o beijo dominador... e depois, a frieza, o controle, o tom imperativo de quem está acostumado a ser obedecido.
Ela mordeu os lábios com raiva. Raiva de si mesma, por ter sentido tanto. Por ter se deixado levar. Por ainda estar tremendo.
Como ele conseguia mexer tanto com ela? Era como se aquele homem tivesse as chaves do seu corpo e da sua mente. E o pior: sabia disso.
Ao chegar na mansão, foi recebida por Claire, que logo percebeu que a senhora Marchand estava em silêncio demais. Isabelle apenas murmurou um agradecimento e subiu. Trocou o vestido por algo mais leve, lavou o rosto tentando apagar os rastros daquela visita intensa e, vencida pela inquietação, pegou o telefone.
— Sophie, vem jantar comigo? Preciso de companhia. — Sua voz estava baixa, quase