A mansão em Genebra havia sido preparada com a imponência de um verdadeiro palácio. Lustres de cristal reluziam em cada salão, tapetes persas acolhiam os passos dos convidados e arranjos de flores nobres em tons de vermelho, dourado e branco pontuavam os ambientes com requinte. O céu, escuro e limpo, emoldurava a noite fria com estrelas cintilantes, mas dentro do baile, o ar era quente — carregado de luxo, tensão e reverência.
Os convidados chegavam em carros luxuosos, escoltados por homens de segurança em trajes discretos. Políticos influentes, empresários de renome e, principalmente, representantes poderosos da máfia europeia marcavam presença. Mas não estavam ali apenas por cortesia. Muitos vieram com um único propósito: ver com os próprios olhos a mulher que conquistara o coração e o juízo de Dominico Farella — o homem conhecido como El Príncipe.
Entre eles, estavam membros do clã Ricci, vindos diretamente da Itália. Carregavam no sangue o luto por Salvatori, e na alma, a necessid