O motor do carro rugiu baixo, mas o silêncio entre nós era ainda mais intenso. Eu tentava fixar o olhar nas ruas, mas minha mente estava em outro lugar: nas mãos dele, firmes no volante, nos dedos longos que a cada movimento me faziam imaginar outras possibilidades.
Quando Aleksander trocou a marcha, seus dedos roçaram de leve na minha coxa. Um choque percorreu minha pele, e ele percebeu. Um sorriso malicioso curvou seus lábios.
— Você treme por tão pouco, minha pequena… — sua voz rouca me atingiu diretamente no ventre.
— Foi sem querer… — tentei me justificar, mas minha voz falhou.
Ele riu baixo, como se me achasse divertida. Lentamente, sua mão deixou o câmbio e pousou em minha perna, acima do joelho. Não era um gesto inocente: seus dedos pressionavam com firmeza, subindo um pouco mais a cada curva do carro.
— Está desconfortável? — ele sussurrou, ainda olhando para a estrada.
Minha respiração ficou presa na garganta. Eu queria dizer sim, mas meu corpo gritava não.
— Não… — admiti,