Hoje era um daqueles dias raros em que a vida parecia dar uma trégua.
O sol brilhava sem vergonha alguma, um convite perfeito para um churrasco ao ar livre, com a leve brisa que balançava as folhas das árvores e parecia, de alguma forma, varrer um pouco do peso que eu carregava.
Eu não me lembro da última vez que me senti assim, tão… leve.
— Vai querer mais um pedaço, Alby? — perguntou Luana, acenando com uma espátula e um sorriso largo.
Ela estava com um avental sujo de gordura, rosto suado, e parecia tão feliz e tranquila que me contagiava.
— Ah, claro! Só estou esperando vocês pararem de falar para eu poder atacar! — respondi, rindo.
Era bom estar cercada de amigos de verdade, pessoas que chegaram a tão pouco tempo, mas que pareciam me conhecer a vida toda.
E hoje, eles estavam ali, prontos para encher o meu prato de carne e a minha alma de risadas.
Peguei um copo de caipirinha, e o azedinho doce do limão com o açúcar fez minha boca se encher d’água.
Luana fez para nós, uma be