Eu só queria um pouco de paz.
Mas, ultimamente, isso parecia impossível com a presença constante – e sufocante – de Fernanda.
Se ela não estava ligando, estava mandando mensagens.
E, quando não respondia, era capaz de aparecer na minha porta sem o menor aviso.
Era como se ela se alimentasse das minhas reações de irritação e cansaço, sempre pronta para criar uma nova cena.
Hoje, acordei com o som da campainha.
Abri a porta e, claro, lá estava ela: toda produzida, com um sorriso forçado e uma expressão de quem, de alguma forma, acreditava que eu ficaria feliz em vê-la.
— Isaías! Trouxe café pra gente! — Ela estendeu um copo de café para mim com uma energia quase assustadora para aquele horário.
Eu nem sabia como responder.
A última coisa que eu queria era tomar café com ela.
Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela já estava entrando.
— Fernanda, eu não pedi café. Aliás, eu realmente não tenho tempo para isso agora — disse, tentando controlar o tom de voz.
Ela ignorou c