Eu já estava exausto antes mesmo de o dia começar.
Era como se, desde que Alby e Alice haviam desaparecido do meu alcance, minha vida tivesse virado um teatro de absurdos.
E o diretor principal desse show trágico era Fernanda, a mulher que parecia ter uma habilidade sobrenatural para consumir a minha paciência.
Naquela manhã, eu mal tinha colocado os pés na empresa quando meu telefone começou a vibrar insistentemente.
"Fernanda" piscava na tela.
Suspirei, sabendo que ignorar não resolveria.
Ela era como um cão de caça; se eu não atendesse, ela apareceria no meu escritório.
— O que foi, Fernanda? — atendi, tentando manter a voz firme, mas não muito irritada.
Afinal, quanto menos emoção eu mostrasse, menos incentivo ela teria para continuar com essa obsessão.
— Isaías! Você não vai acreditar! — ela exclamou, com aquele tom afetado que já me causava calafrios.
— Fui ao mercado hoje de manhã, e tive a sensação de estar sendo seguida. Não acha que isso é suspeito?
Eu me encostei na