O tiro ecoou como um trovão na noite silenciosa. Beatriz sentiu o impacto do som em seu peito, mas não ousou recuar. Seus dedos tremiam ao redor do gatilho, e sua mente gritava para que fizesse algo. Mas antes que pudesse reagir, um corpo caiu contra a porta, escorregando lentamente até atingir o chão.
A madeira rangeu sob o peso do homem morto. O sangue escorria lentamente pelo chão de terra batida, e o cheiro metálico invadiu o ambiente.
Davi ofegou ao seu lado, segurando o ferimento com mais força. Sua visão estava turva, mas ele reconheceu a silhueta que surgiu do lado de fora da cabana.
— Fernando? — A voz de Beatriz saiu em um sussurro.
O homem avançou lentamente, com a arma ainda apontada para a escuridão atrás de si. Seu rosto estava sujo de poeira e suor, e seus olhos varriam o ambiente com urgência.
— Vocês precisam sair daqui agora! — Ele disse, fechando a porta com força.
Beatriz piscou, ainda tentando entender o que estava acontecendo. A adrenalina fazia seus pensamentos