A cidade estava mergulhada em um silêncio inquietante quando Beatriz e Davi deixaram o apartamento naquela noite. O ar frio cortava a pele, mas o verdadeiro calafrio vinha da incerteza sobre os próximos passos de Augusto.
— Fernando conseguiu rastrear alguma coisa? — Beatriz perguntou enquanto caminhavam até o carro.
Davi balançou a cabeça, o semblante carregado.
— Ele encontrou um possível esconderijo. Um armazém abandonado na zona industrial. Se Augusto está tramando algo, pode ser lá que ele esteja reunindo aliados.
Sem hesitar, os dois seguiram até o local indicado. O caminho era deserto, e apenas algumas luzes tênues iluminavam a estrada. O armazém parecia uma relíquia esquecida no tempo, mas havia sinais de movimentação recente.
Davi estacionou o carro a uma distância segura. Beatriz sentiu a adrenalina pulsar em suas veias quando ele pegou a arma que mantinha no porta-luvas.
— Você está pronto para isso? — ela perguntou, sua voz firme, mas repleta de preocupação.
Ele lhe lançou