38. O encanto do mar e o retorno à realidade
A brisa salgada soprava suavemente, brincando com os cabelos de Cecília enquanto ela observava o mar ao pôr do sol. O céu era um espetáculo dourado e alaranjado, refletindo-se nas águas calmas. Ela nunca vira nada tão grandioso, tão vasto e indomável.
— Você está encantada. — A voz de Max veio atrás dela, rouca e carregada de um divertimento contido.
Cecília sorriu sem tirar os olhos do horizonte.
— É impossível não estar. Parece que o mundo se estende infinitamente... que tudo é possível.
Max se aproximou, os passos firmes sobre a areia, e deslizou um braço ao redor de sua cintura, trazendo-a para perto.
— Nem tudo, Cecília. — murmurou, os lábios roçando a curva sensível do pescoço dela.
Ela estremeceu, inclinando a cabeça para lhe dar mais espaço. O toque dele era fogo e domínio, mas também havia um traço de reverência, como se ele próprio estivesse aprendendo a descobrir o amor.
— O que não é possível, Max? — perguntou em um sussurro.
Ele virou-a suavemente em seus braços,