37. Lua de Mel em IlhaBela
A viagem até Ilhabela foi mais longa do que Cecília imaginava. O calor do verão grudava em sua pele, e a estrada de terra sacolejava a charrete a cada pequeno buraco. Max estava ao seu lado, guiando o cavalo com uma expressão fechada. Desde que partiram de São Paulo, ele mal dissera duas palavras, o que a deixava inquieta.
Por fim, quando o cheiro salgado do mar invadiu suas narinas e a brisa fresca aliviou o calor, Cecília se inclinou para frente, os olhos brilhando ao vislumbrar o azul infinito que se desenrolava diante deles.
— É o mar? — Ela perguntou, a voz carregada de espanto.
Max lançou-lhe um olhar de canto, um sorriso discreto dançando em seus lábios.
— Sim. Não imaginava que nunca tivesse visto.
Ela balançou a cabeça devagar, ainda absorvendo a visão fascinante.
— Nunca saí do interior, e meu pai achava uma frivolidade viajar para lugares como este. — Seus olhos permaneciam fixos na imensidão azul. — É ainda mais bonito do que imaginei.
Max riu baixo, o som ro