28. Espero que se sinta em casa
Eduardo a conduziu para dentro da casa, e Cecília sentiu o ar mudar assim que cruzaram a porta principal. O interior da fazenda era tão imponente quanto o exterior. O mármore polido refletia o brilho suave da luz do entardecer, e os móveis pesados, de madeira escura, davam ao ambiente um ar quase solene.
A cada passo que dava ao lado de Eduardo, seu coração parecia pesar mais. A lembrança de suas mãos em Max, do calor dos beijos, ainda queimava em sua pele. E agora, ali, com o homem a quem deveria prometer seu futuro, ela mal conseguia encará-lo.
— Imagino que não seja muito diferente da sua casa — Eduardo comentou, conduzindo-a por um longo corredor decorado com pinturas a óleo de paisagens rurais.
— É... — Sua voz saiu baixa, e ela precisou se esforçar para acrescentar: — Um pouco mais... formal, talvez.
Ele riu suavemente.
— Meu pai sempre teve um gosto mais austero. Quando nos casarmos, você poderá dar seu toque feminino à casa. — Seus olhos se suavizaram quando a observo