27. Casarão dos Vieira de Sá
A viagem até a fazenda dos Vieira de Sá começara antes do nascer do sol. A carruagem balançava suavemente enquanto deixavam para trás as ruas de paralelepípedos do Rio de Janeiro e seguiam pela estrada que os conduziria até São Paulo. O ar ainda carregava o frescor da madrugada, e a névoa pairava sobre as colinas como um véu delicado.
Cecília mantinha as mãos enlaçadas no colo, tentando em vão controlar a inquietação que se espalhava por seu peito. A cada quilômetro percorrido, a realidade de que em breve estaria sob o mesmo teto que Max se tornava mais inescapável.
— Não entendo seu nervosismo, Cecília. — Gabriel quebrou o silêncio, recostado confortavelmente no banco de couro. — Não há nada de assustador na fazenda dos Vieira de Sá.
— Para você, talvez. — Helena interveio com um tom mais suave, mas um sorriso cúmplice nos lábios. — Mas Cecília está indo para conhecer o lugar onde viverá pelo resto da vida.
"Se eu chegar a me casar com Eduardo…" A ideia a atravessou como uma a