[Narrado por Alana]
O papel tava na minha mão, mas o peso era outro.
Setor 3.
Missão de rotina, segundo a Coronel.
Mas eu conheço bem esse roteiro.
Quando mandam só uma viatura, com equipe reduzida, pra área onde até o vento anda armado…
não é missão.
É teste.
Ou armadilha.
Fiquei parada no vestiário por uns segundos a mais.
Entrei na sala de armamento.
A luz era fria.
As prateleiras de metal, organizadas demais pra um lugar onde reina o caos.
O silêncio... incômodo.
Peguei minha pistola.
Verifiquei o pente.
Apertei o coldre no quadril.
Fiz tudo no automático.
Até que ouvi o barulho da porta fechando atrás de mim.
Tranquei a respiração.
— “Tá indo armada demais pra missão ou tá com medo, Sargento?”
A voz veio arrastada.
Vilela.
De novo.
Me virei devagar.
Ele tava encostado na porta, braços cruzados, sorriso torto no canto da boca.
Mas o olhar?
O olhar era sujo.
— “A base inteira sabe que tão querendo te queimar. Mas tu podia escolher melhor tuas batalhas…” — ele veio se apro