capítulo 12 Alana

[Narrado por Alana]

O papel tava na minha mão, mas o peso era outro.

Setor 3.

Missão de rotina, segundo a Coronel.

Mas eu conheço bem esse roteiro.

Quando mandam só uma viatura, com equipe reduzida, pra área onde até o vento anda armado…

não é missão.

É teste.

Ou armadilha.

Fiquei parada no vestiário por uns segundos a mais.

Entrei na sala de armamento.

A luz era fria.

As prateleiras de metal, organizadas demais pra um lugar onde reina o caos.

O silêncio... incômodo.

Peguei minha pistola.

Verifiquei o pente.

Apertei o coldre no quadril.

Fiz tudo no automático.

Até que ouvi o barulho da porta fechando atrás de mim.

Tranquei a respiração.

— “Tá indo armada demais pra missão ou tá com medo, Sargento?”

A voz veio arrastada.

Vilela.

De novo.

Me virei devagar.

Ele tava encostado na porta, braços cruzados, sorriso torto no canto da boca.

Mas o olhar?

O olhar era sujo.

— “A base inteira sabe que tão querendo te queimar. Mas tu podia escolher melhor tuas batalhas…” — ele veio se apro
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