15. A escolha silenciosa do Alfa
A cabana estava aquecida quando retornei no ápice da noite. O ar ali dentro tinha cheiro de madeira seca, lã antiga e fumaça recente.
Familiar.
Quase aconchegante.
E o silêncio me caiu como um alerta.
No interior, a lareira crepitava baixo, lançando sombras que dançavam pelas paredes. Ruídos ecoando do quarto me levaram diretamente para lá, apenas para me deparar em uma cena que me deixou em transe.
Lorcan estava de costas, sem camisa, os músculos definidos brilhando sob a luz alaranjada das chamas.
Mas não foi ele quem chamou minha atenção.
Foi Sofia.
Ajoelhada no chão.
Organizando uma pilha de mantas sobre um colchão de firmeza duvidosa.
— O que você está fazendo? — Minha pergunta foi direcionada à loira, que nem sequer se deu o trabalho de me olhar.
— Isso deve servir, Alfa — disse ela, com a voz baixa e gentil. — É o melhor que consegui para improvisar algo confortável, o colchão foi emprestado por um dos lobos que estará de guarda essa noite, ele não vai precisar dele.
—