O auditório principal da Semana Nacional de Performance e Liderança tinha capacidade para mil pessoas. E naquela manhã, parecia que todas estavam ali. O barulho das cadeiras sendo arrastadas, o som de passos apressados, conversas animadas… o ambiente vibrava com expectativa.
Atrás das cortinas, Lívia ajustava o microfone preso à lapela.
As mãos estavam firmes, não trêmulas.
O coração acelerado, mas não por medo — era propósito.
Clara, quase tão nervosa quanto ela, tentava arrumar o coque da Lívia pela terceira vez.
— Você está linda. Profissional. Forte. — disse ela, quase sem ar. — Eu tô mais nervosa que você!
Lívia respirou fundo.
— Clara… — ela colocou as mãos nos ombros da estagiária — obrigada por tudo. De verdade.
Clara sorriu, os olhos brilhando de orgulho.
— Vai lá. Esse palco é seu.
A coordenadora do evento apareceu com um tablet na mão.
— Lívia Andrade, preparada?
— Preparada. — respondeu com firmeza.
— Então vamos. Você é a primeira.
A cortina começou a abrir.
As luzes