As semanas seguintes pareciam um teste de resistência emocional.
 A cada reunião, a cada e-mail copiado, o nome Caio Ferreira reaparecia como um eco que o universo insistia em repetir.
Ele participava dos alinhamentos da nova unidade com entusiasmo, cheio de ideias e elogios sutis.
 Parecia o mesmo homem de antes — mas mais maduro, mais calculado.
 E isso o tornava mais perigoso.
Lívia percebia o esforço dele em se aproximar com “naturalidade”.
 Uma piada aqui, um café “por acaso” ali, e aquele tom de voz que conhecia bem — o mesmo que antes a fazia acreditar em promessas que nunca se cumpriram.
Ela não queria se mostrar abalada, mas às vezes o corpo fala antes da mente.
 E Rafael percebia.
 Sempre percebia.
Naquela terça-feira, a empresa organizou uma visita técnica à nova loja piloto.
 Rafael iria como CEO, Lívia como instrutora responsável, e Caio, agora oficialmente prospect aprovado, acompanharia para “observar a operação real”.
 Camila, claro, fez questão de ir junto — “para reg