O vídeo institucional foi publicado na segunda-feira seguinte.
Em poucas horas, já estava na intranet, nas redes da empresa e em todos os grupos internos.
A repercussão foi imediata.
“Que sintonia!”, “Que dupla inspiradora!”, “Eles se completam!” — diziam os comentários.
Para Camila, foi como ver o veneno dissolver-se em perfume.
Nada na matéria soava suspeito, e o público adorava o que via.
Mas, no fundo, ela sabia: quanto mais perfeita a imagem, mais vulnerável o segredo.
E era ali que ela planejava atacar.
Na manhã seguinte, Camila chamou Renato, o analista de RH.
Um rapaz jovem, ambicioso, curioso — o tipo de pessoa que adora se sentir importante.
— Renato, preciso de uma ajuda com o relatório de viagens da equipe de Treinamento — disse, casual, enquanto servia café. — O CEO pediu pra eu cruzar os gastos e os períodos de deslocamento, sabe como é, auditoria interna.
Renato, lisonjeado, assentiu. — Claro! Quer que eu envie por e-mail?
— Pode me mandar o arquivo bruto. Eu organizo p