As paredes do campus ainda pulsavam com a energia da palestra da Sophia Montenegro. Desde o fim da apresentação, grupos de alunos circulavam pelos corredores debatendo ideias, rabiscando conceitos nos cadernos, com olhos brilhantes e vozes agitadas. Um concurso real. Uma chance de serem notados.
Luna andava pelo pátio central, ainda com o caderno apertado contra o peito. As palavras de Sophia ecoavam na mente como um feitiço: “Coragem. Gente como vocês.”
Ela sentia que algo tinha mudado dentro dela. Aquela sensação de exclusão que carregara durante todo o ensino médio parecia estar se dissolvendo. Pela primeira vez, ela fazia parte de algo que poderia crescer, florescer, virar futuro.
— Luna! — chamou Isadora, correndo em sua direção. — Já temos grupo!
— Já?
— Sim! Você, eu, Bruno, Kelvin e a Letícia, lembra dela? A menina do curso de design. Ela manja muito de prototipagem visual.
— Nossa… isso é sério mesmo — disse Luna, meio surpresa.
— Claro que é! Você viu a Sophia lá na