As Verdades Ocultas
Depois que o expediente acabou, guardei minhas coisas e me despedi de Dona Nilda com um sorriso discreto. Ainda bem que ela tinha saído da floricultura e me deixado sozinha quando Rafael e Emma chegaram.
Saí da loja caminhando devagar, sem pressa. Não vi necessidade de pegar um táxi ou incomodar minha tia. Usei o tempo da caminhada para pensar. Ou melhor… para pensar neles.
Rafael e Emma.
O que havia naquele homem que não saía da minha cabeça? Pelo amor de Deus, eu nem o conhecia. Só o atendi como qualquer outro cliente. Mas, desde que saiu com a filha… alguma coisa ficou.
Fiquei me perguntando que tipo de mulher eu estava sendo por pensar em um homem casado. Porque… bom, ele tem uma filha. E toda filha tem uma mãe. Além disso, Rafael era bonito demais para estar sozinho.
Admito: quando ele entrou na floricultura, perdi alguns segundos só olhando para ele.
Emma não parecia nada com ele. Nem no jeito, muito menos na aparência. A menina tinha cabelos cacheados e claro