Em seguida eu pego uma das mãos dela, o calor da sua pele me atravessando, e a levanto do sofá. Nossos corpos estão próximos, a respiração dela misturando-se com a minha, e nossos lábios estão tentadoramente próximos, quase se tocando. Meus olhos fixam-se nos dela, procurando por um sinal, uma faísca de reconhecimento.
— Quero te mostrar nosso quarto — sussurro, a voz rouca, quase um convite íntimo. — Sei que você já o viu quando veio buscar suas coisas, mas quero te mostrar direito, talvez haja respostas para você lá. — Havia uma esperança desesperada em minha voz, uma aposta de que o ambiente familiar, o nosso espaço, pudesse desbloquear alguma coisa.
— Mas e o filme? — ela pergunta, levantando uma das suas sobrancelhas, os olhos brilhando com uma curiosidade doce.
— Podemos ver o filme outro dia, já que pretendo te convidar para outros encontros — respondo, meus lábios roçando os dela, uma provocação sutil que me faz tremer.
— É sem pressão, você quer subir? — questiono, a urgência