O Beijo Desesperado
RAFAEL
O trajeto de carro até minha casa transcorreu em uma tranquilidade que me era rara nos últimos dias. Perguntei a Isa se ela queria voltar comigo para casa, já que ainda era cedo. Quando estacionei em frente, o motor ainda murmurando suavemente, não soube ao certo o que fazer. Andy havia levado Emma ao cinema e demoraria a voltar. Teríamos mais tempo para conversar, para tentar reconstruir os pedaços do que havíamos perdido.
— Eu amei nosso encontro, embora eu tenha a impressão de que já saímos muito antes — Isabela falou, seus olhos fixos nos meus, um sorriso singelo em seus lábios.
Eu a olhava fixamente, cada fibra do meu ser clamando por ela. Estava louco para beijá-la, para sentir seus lábios nos meus novamente. Fazia tanto tempo desde o último, uma eternidade que me consumia. Mas não sabia como ela reagiria. Estava fazendo progresso, sentia isso. Isa não estava tentando me manter longe dela como no hospital, e isso já era uma vitória.
— Olha, Rafael, vou