Jonas se sentou no canto do cômodo, entre caixas abertas e folhas espalhadas, apoiando os cotovelos nos joelhos. O silêncio ali dentro era tão denso quanto a névoa do lado de fora. Seus pensamentos, porém, gritavam dentro da cabeça.
“Essas coisas não podem estar separadas... têm que estar ligadas.”
Começou a organizar tudo mentalmente, como se falasse consigo mesmo:
— Primeiro foram os moradores. Eles... mudaram. Viraram algo que parece morto, mas se move, reage. Mas se aquilo fosse só uma infecção, um vírus, então por que um ritual reverteria? Queimar o nome da vizinha a trouxe de volta... Não faz sentido biológico. É outra coisa. Mais antiga.
— Aí tem o ritual do nome. Lembro da minha amiga congelando o nome do professor... e ela ficou mal depois. Algo foi drenado dela. E eu... também senti isso. Como se uma parte de mim estivesse sendo trocada por outra coisa. Mas trocada com o quê?
Ele ergueu os olhos para a caixa antiga com os objetos que pareciam de outro tempo.
— A máquina na c