Megan afastou o travesseiro do rosto, virando-se de lado na cama e abraçando-o com força, como se pudesse conter a tempestade de pensamentos que a assolava. Em silêncio, ela se repreendia, questionando-se com uma mistura de culpa e fascínio.— Como você deixou isso acontecer, Megan? — murmurou para si, a voz abafada contra o tecido. — Você se entregou completamente naquele quarto, fez coisas que nunca imaginou... Mas, meu Deus, tenho que admitir: nunca estive tão excitada na minha vida.A lembrança de como ficou exposta para Benjamim; pernas abertas, corpo vulnerável sob o olhar faminto dele, trouxe um frio na barriga. Sua boceta pulsou, traiçoeiramente, reagindo ao calor daquela memória. Ela apertou o travesseiro com mais força, tentando sufocar o desejo que ainda queimava.— Se controla, Megan! — repreendeu-se, o tom mais firme. — Que fogo é esse, mulher? Tá, ele é gostoso. Absurdamente gostoso. Mas você precisa manter o foco. Ele é um homem mergulhado no mundo do crime. Não é o tip
Megan agradeceu à senhora com um sorriso tímido e seguiu Marcos para fora da cozinha, sentindo o peso dos olhares das outras mulheres em suas costas. Assim que a porta se fechou atrás deles, as conversas sussurradas começaram, abafadas, mas carregadas de curiosidade.— Essa aí é a nova namorada do senhor Benjamim? — perguntou uma das empregadas, os olhos brilhando com interesse.— Ela é bem bonita — comentou outra, a voz carregada de desdém.— Pelo menos não parece arrogante como a Harper. Aquela mulherzinha era insuportável — retrucou a terceira, franzindo o nariz ao lembrar da ex de Benjamim.A senhora mais velha, que ainda observava a porta, interrompeu com um tom firme, mas não sem afeto.— Vocês deveriam estar trabalhando, não fofocando sobre a vida do patrão.As três mulheres trocaram olhares culpados e se dispersaram rapidamente, voltando aos seus afazeres. A senhora, sozinha agora, deixou o olhar vagar para o corredor onde Megan e Marcos haviam desaparecido. Um leve sorriso cu
Benjamim manteve sua expressão inabalável, com a sobrancelha arqueada, aguardando a explicação do irmão. — Foi só uma pessoa aí, mas que bom que você voltou. Estávamos esperando para continuar o café — respondeu, tentando desviar o assunto. — Não era dele que você disse que não tinha medo? — provocou Megan, expondo-o com um sorriso divertido. — Não era para me dedurar — resmungou ele, em um sussurro quase cômico. — Vem cá, vamos ver se você realmente não tem medo! Andrew correu, escondendo-se atrás de Sophia, que, sentada, ria e apontava para Benjamim. Este, por sua vez, estreitava os olhos para o irmão, mas também se divertia. O clima descontraído contagiava a todos, enchendo o ambiente de bom humor. Na porta, a senhora que antes estava na cozinha parou para observar a cena. Um sorriso suave iluminou seu rosto. Seus olhos encontraram os de Megan, que também sorria, e ela murmurou com um toque de alívio: — Eu sabia que as coisas mudariam por aqui. Espero que essa alegria dure.
Cecília, a governanta, se aproximou de Sophia, curiosa sobre a mesa do café da manhã.— Posso mandar tirar a mesa, menina? — perguntou a governanta, com sua habitual gentileza.— Ainda não, Cecília. Benjamim está conversando com a Megan. Quando eles saírem, pode mandar tirar — respondeu Sophia, com um sorriso cúmplice.Na sala de jantar, agora fechada, Benjamim limpou a boca com o guardanapo, levantou-se e contornou a mesa, aproximando-se de Megan. Vestia um terno cinza impecavelmente ajustado ao seu corpo atlético, e sua presença, ao se aproximar, fazia Megan se sentir, como sempre, uma presa vulnerável diante dele.— O que você precisa falar comigo? — perguntou ela, assim que ele parou à sua frente, sua voz carregando uma mistura de curiosidade e cautela.— Você dormiu bem? — indagou ele, com um tom calmo, mas enigmático.Megan franziu a sobrancelha, surpresa com a pergunta trivial. — Você me pediu para ficar só para perguntar isso? Poderia ter feito essa pergunta durante o café —
Imersa naquele prazer avassalador, Megan não conseguiu se conter e pediu por mais. — Benjamim, não pare, isso está incrível. — Gemeu, o nome dele escapando em um sussurro entrecortado.— Coloque o pé na cadeira — ordenou ele, a voz rouca, sem interromper os movimentos dos dedos.Ela obedeceu imediatamente, erguendo o pé e apoiando-o na cadeira. A nova posição a deixou ainda mais exposta, permitindo que Benjamim a tocasse com maior profundidade. Quando Megan sentiu o orgasmo se aproximando, ele enfiou dois dedos dentro dela, movendo-os rapidamente. O ritmo intenso ampliou o prazer, fazendo seu corpo tremer. O braço de Benjamim, que a envolvia pela cintura, a sustentou com firmeza, enquanto seus dedos continuavam implacáveis.Os gemidos de Megan foram abafados pelos beijos urgentes de Benjamim, que ainda se movia dentro dela com precisão. A sensação era tão intensa que o prazer parecia se renovar, levando-a à beira de outro orgasmo. Megan mal acreditava que isso fosse possível, tão lo
Benjamim já havia percebido o quanto Megan era teimosa e sabia que seria difícil dissuadi-la de sua decisão. — Tudo bem, mas você não sai sozinha. Você viu o que aconteceu. Preciso garantir sua segurança, entendeu? — disse ele, com um tom autoritário, mas preocupado.— Sim, entendi. Vou subir agora, preciso de um banho. Depois que descer, se estiver tudo bem, vou com o Marcos até minha casa — respondeu Megan, um pouco constrangida ao mencionar o banho.— Vou falar com ele antes de sair, então pode tomar seu banho sem pressa — assegurou Benjamim, com um leve aceno.Megan confirmou com um aceno de cabeça e caminhou até a porta, deixando a sala. Benjamim ficou ali, imerso em pensamentos. Ele a observou enquanto ela saía, seus olhos descendo para a própria mão. Passou a língua pelos lábios, um gesto quase instintivo, antes de olhar novamente para a porta e murmurar para si: — Como eu faço agora, pequena? Estou viciado no seu cheiro, no seu gosto, e olha que nem estive dentro de você.
No movimentado hospital particular no centro de Seattle, Megan Davis acabara de terminar mais uma cirurgia e voltava para seu escritório. O desânimo e o cansaço eram evidentes em sua expressão, mas, acima de tudo, o que mais pesava era ter que trabalhar com seu ex-namorado e a atual namorada dele. Assim como Megan, Lucas era médico e trabalhava no mesmo hospital e, naquele dia, estavam no mesmo plantão. Ter que ver Lucas quase todos os dias e, em alguns momentos, acompanhado de sua nova namorada era, no mínimo, torturante. Ela parou seus passos quando o viu passar sorrindo, enquanto conversava com a namorada.— Quando vai superar? Até parece que gosta de sofrer — falou Melinda, chamando a atenção de Megan.— Acha mesmo que não quero superá-lo e seguir em frente, Linda? Isso é tudo o que eu mais quero, mas você sabe como esse término me deixou insegura. Você, melhor do que ninguém, sabe das palavras que ele usou quando terminou comigo — murmurou Megan, enquanto voltavam a caminhar.—
Quando Megan se aproximou da cozinha, ouviu vozes alteradas. Uma delas era inconfundivelmente de Melinda. Reconhecendo a voz da amiga, Megan apressou-se na direção de onde parecia estar acontecendo uma discussão. Ao entrar na cozinha, deparou-se com Ivan e Melinda discutindo acaloradamente. Embora não prestasse atenção a todos os detalhes da conversa, ficou claro para ela que o motivo era ciúmes.De repente, Ivan empurrou Melinda, que bateu contra o balcão. Ao ver sua amiga ser agredida, Megan sentiu uma onda de coragem surgir de um lugar que nem sabia existir. Sem hesitar, ela interveio. Empurrou Ivan e ergueu a voz:— Que merda você pensa que está fazendo? Você não tem o direito de encostar nela! Você não é pai dela, Ivan, é só o maldito namorado!Megan não era do tipo que confrontava as pessoas, especialmente quando se tratava de si mesma. Mas, quando o assunto envolvia aqueles que amava, tudo mudava num piscar de olhos. Ela também não costumava xingar, mas naquele momento, aprovei