Narrado por Bruna
O Caveira saiu da casa do JP e deu uma folga pra ele ficar comigo. Sentada na ponta da cama, ainda tentando entender tudo que aconteceu, sinto meu peito afundar. Descobrir com os próprios olhos que o meu irmão é um monstro… não tem manual pra isso. Nunca tivemos uma relação perfeita, mas ele era meu irmão. E mesmo com tudo, eu amava ele. Talvez ainda ame. Talvez só esteja em pedaços demais pra sentir qualquer coisa agora.
O pior é saber que ele escolheu esse caminho. Ele teve chance de fazer diferente. Teve oportunidade de mudar. E jogou tudo fora. Pior ainda é saber que meu pai… meu pai é ainda mais cruel do que ele.
Sinto medo. Não por mim, mas pelas pessoas que amo. Por JP, pela Maitê, por tudo que ainda pode acontecer. Nossas histórias estão todas entrelaçadas, todas levam até ela. Até a Maitê. E quando ela descobrir tudo que o Caveira ainda vai contar… vai ser como jogar gasolina num incêndio.
Ela é forte, mas também é feita de rachaduras. Algumas delas tão fun