Narrado por Lúcifer
Eu a observo enquanto as lágrimas continuam a escorrer de seu rosto. Maitê está quebrada, despedaçada por uma dor que eu sei que é profunda, que atravessa cada pedaço dela. E, no entanto, ainda há uma força em seus olhos, uma centelha de resistência que se recusa a desaparecer completamente, apesar de tudo o que ela tem enfrentado.
Ela me permite entrar em seu espaço, e eu a vejo, frágil e vulnerável, algo que raramente vejo nela. Ela sempre foi uma mulher forte, mas hoje, algo dentro dela cedeu. Eu queria poder fazer mais. Queria poder apagar toda a dor que ela sente, mas sei que isso está além das minhas capacidades.
Eu me aproximo devagar, cada passo ecoando no silêncio pesado do quarto. Maitê está tão imersa em sua dor que mal percebe que estou ali, até que sussurro seu nome, em um tom baixo e suave, quase como se temesse quebrar o momento, ou pior, invadir mais uma ferida já aberta.
— Maitê… — a minha voz parece preencher o espaço com uma calma que só eu poss