Narrado por cobra
Estava tranquilo em casa, aproveitando minha folga, quando o som do celular me tirou do meu descanso. Vi o nome do Fumaça no visor, e uma onda de preocupação tomou conta de mim. O medo de algo ter acontecido com minha filha me consumiu.
Atendi rapidamente, sentindo a palma da minha mão suada. — Solta a voz. — Tentei manter a firmeza na voz, mas a verdade é que meu corpo inteiro estava em alerta, pronto para enfrentar qualquer notícia ruim.
Para minha surpresa, quem falou não foi o Fumaça, mas sim a Maitê. Sem enrolação, ela soltou a voz com uma urgência que me fez entender o quão grave era a situação.
— Eu te dou a chance de você se explicar, mas venha ajudar o Lorde. O morro está em alerta, e por favor, não deixe ele morrer. Não importa o que aconteça, não deixe ele morrer. — Ela repetia essas palavras como um mantra, e algo em mim, talvez o instinto de proteção, se acendeu imediatamente.
Eu sabia o que aquilo significava. Ela engoliu o orgulho para me chamar, algo