Narrado por Lorde
Percebo que minha irmã fica em choque quando peço para ela dizer que a Maitê dormiu com ela. Mesmo com a expressão indignada, ela parece não compreender completamente que estou fazendo isso para evitar que a vida da pequena diaba se torne um tumulto indesejado. A tensão no ar persiste, mas a urgência de protegê-la prevalece sobre o desconforto momentâneo.
Levanto-me e sigo para o meu quarto, preciso de um banho antes de ir ao QG verificar o faturamento do baile. A água quente escorre pelo meu corpo, tentando levar embora a tensão acumulada da manhã. Enquanto estou no banho, ouço a voz da Maitê ao telefone, falando com o Fumaça. Ela pede para ele buscá-la. Sua voz soa fria, decidida.
Quando saio, ela já não está mais no quarto. Já arrumado, desço as escadas à sua procura. Encontro-a perto da porta, olhando para fora. Suas últimas palavras são cortantes, afiadas como navalha, e o pior de tudo é que nem entendo o motivo real daquilo. Então, sem olhar para trás, ela se