O salão estava em ruínas. O som do vidro quebrado ainda ecoava nos meus ouvidos, misturado ao cheiro metálico do sangue e da pólvora. Eu sentia as pernas trêmulas, como se o chão pudesse ceder a qualquer instante. A dor física e emocional daquele momento era um golpe duplo e, no meio do caos, o olhar de Ethan me atravessava como uma espada.
Ele estava ferido. O corte no abdômen sangrava, mas ele se mantinha de pé, altivo, imponente… como um rei ferido que ainda não aceitava abdicar do trono. A raiva o mantinha vivo, e mesmo coberto de sangue, ele parecia mais forte do que todos ali. Estava com medo, eu nunca vi Ethan Ravelli nessa versão.
As máscaras no salão, antes usadas por vaidade e tradição, agora tinham outro propósito. Não escondiam mais os rostos, mostravam quem realmente éramos por dentro. Todos tinham algo a temer, algo a perder.
ALAN: Isabella vai ficar sob os nossos cuidados, até tudo se resolver.
Aquela frase foi um golpe que eu não esperava. Olhei assustada para Et