O quarto estava mergulhado em um silêncio pesado, interrompido apenas pelo som distante das ondas batendo contra as rochas lá fora. Eu estava com o coração apertado, mas precisava ir até o fim. Precisava de respostas, ainda que parte de mim temesse ouvir a verdade.
“Aquele dia que eu te vi com a roupa suja de sangue… de onde estava vindo e o que você fez?”
Ele permaneceu em silêncio por alguns instantes, apenas me encarando. Seus olhos escuros refletiam a luz da lua que entrava pela varanda aberta. Então, com a voz grave e firme, ele respondeu:
ETHAN: Quer realmente saber, Isabella? Não vai sentir repulsa de mim?
Meu corpo congelou. A garganta secou. Por um instante, pensei em recuar, mas acenei lentamente com a cabeça, sinalizando que não.
Ele desviou o olhar para a varanda, como se precisasse da escuridão lá fora para ter coragem de falar.
ETHAN: Eu fui atrás dos homens que te tocaram. Torturei eles… e depois os matei.
Senti os olhos marejarem. Apertei os lábios para segurar