Fiquei alguns segundos em silêncio, sentindo o peso das palavras dele se acomodarem no quarto ainda escuro. A única luz vinha da fresta da cortina, desenhando sombras suaves nas paredes. Meu corpo estava exausto demais para brigar, mas meu coração… esse ainda sabia lutar.
“Ethan…” murmurei, passando a mão pelo rosto. “Você não pode chegar assim, no meio da madrugada, achando que ainda manda na minha vida.”
Ele não respondeu de imediato. Apenas ficou ali, deitado ao meu lado, encarando o teto como se travasse uma batalha silenciosa consigo mesmo.
ETHAN: Eu sei.
disse por fim, com a voz mais baixa.
ETHAN: Mas eu não consigo simplesmente fingir que você vai embora e que está tudo bem.
Virei o rosto na direção dele, irritada e cansada.
“ Então fica quieto” falei, sem delicadeza. “ Por uma vez na vida, fica quieto e me deixa dormir.”
Ele esboçou um meio sorriso, cansado, quase triste.
ETHAN: Você sempre faz isso. Me desmonta com poucas palavras.
Puxei o cobertor até o queixo, fe