24. Campainha
James folheia a página do jornal, suspira, e volta a guardá-lo em cima do criado-mudo ao lado da cama. Mariana, que está lendo um livro, repara a óbvia perturbação do homem.
“O que houve?”
“A falta de notícias me deixa louco, para dizer o mínimo.”
“Nós sabíamos que demoraria um pouco até Daniel descobrir tudo o que pudesse para nos ajudar. A ausência dele é um bom sinal.”
“Você acha mesmo?”
“Acho sim.”
“Pois eu acho que estamos confiantes demais, e provavelmente algo terrível aconteceu com esse detetive. Você sabe que nossa ligação foi grampeada, e que os policiais dessa cidade já sabem quem somos nós. Estamos presos.”
Mariana deixa o livro de lado e coloca a mão na barriga.
“Eu pensei que você estava um pouco mais confiante do que isso.”
“E eu estava. Mas…”
“Mas?”
A princípio, James não diz nada, apenas fica olhando para um ponto fixo na parede.
Mariana insiste:
“Mas?”
“Mas já faz duas semanas que tivemos contato com ele. E até agora não recebemos um único sinal de vida.”
“Não seja