23. A Secretária
Sentado à mesa do próprio escritório, Maxmilian Philips tragou o charuto e o colocou no cinzeiro, olhando fixamente para o computador diante de si. Uma batida na porta soou.
“Olá, senhor. Trouxe um pouco de água e café.”
E claro, aquela era Michelle, que mesmo após toda a confusão e eventual morte de Mariana, ainda estava no cargo.
Max apenas a encarou e agradeceu com os olhos, enquanto clicava e digitava.
A mulher de cabelos rubros presos num coque, uniforme social e lábios pintados de carmim sentiu o olhar gélido do próprio chefe, mas não disse nada. Apoiando a bandeja na mesa, ela aproveitou para examinar mais o amante.
“Está tão tenso. Ainda está triste pela morte da ex-mulher?”
Os olhos escuros de Maxmilian quase a atravessam.
“Michelle, eu vou deixar que você reflita sobre a própria pergunta ao invés de respondê-la.”
Chocada, a secretária coloca uma das mãos na cintura.
“Porque está falando dessa maneira comigo? Eu não fiz nada pra você.”
“Claro. Desculpe, Michelle.”
As desculp